quarta-feira, 30 de janeiro de 2008

O Amor...

No tal do dicionário é assim que é descrito:

do Lat. amore
s. m.,
viva afeição que nos impele para o objecto dos nossos desejos;
inclinação da alma e do coração;
objecto da nossa afeição;
paixão;
afecto;
inclinação exclusiva;

O que para a maioria será o suficiente, até porque como é um sentimento, há normalmente dificuldade em descrever... quantas vezes não se ouve: eh pá sei lá... é assim uma coisa forte, que não tem explicação:o) Explicação tem... explicar é que é pior... isso de facto não é para todos...
Até a própria da descrição do substantivo masculino chega a ter graça, senão vejamos:

“viva afeição que nos impele para o objecto dos nossos desejos;” ehehehe, pois de facto temos afeição por tanta coisa e que nos impele para o objecto dos nossos desejos uó uó... é lindo... por exemplo imaginem em pleno Verão... eu tenho cá uma afeição enorme e sinto-me completamente impelida a agarrar aquele gelado (note-se que é o objecto dos meus desejos), conclusão: Amo o gelado... esculpa lá mas acabou-se tudo entre nós Carloxmiguel! :o)
Os exemplos seriam aos magotes, uns nem sequer poderia expressá-los aqui, devido ao seu conteúdo, digamos mais ousado... eheheh (a frase do impelida e objecto do desejo, por si, já é sugestiva... agora com a minha imaginação e criatividade, bem... é melhor ficar por aqui...)

Um pouco mais a sério agora, o que é realmente notório é que a definição de amor é sempre curta, sem fazer jus ao que realmente define esse sentimento maior, essa alegria de sentir, de o fazer sentir, de o partilhar, de o sentir partilhado, de sorrir num olhar, de entender com um gesto, de ter como cúmplice, como amigo, que estamos cá para o outro e que o outro está para nós, a entrega no mimar, no proteger, no querer saber de, no querer estar com e num(ns) momento(s) fazer parte integrante do outro... no admirar como ser humano, no enaltecer das suas qualidades, no saber viver (conviver) com os seus defeitos... no sabê-lo feliz!

Há amores por quem dou um braço, uma perna ou até mesmo os dois (quatro) membros... agora dar a vida ...só mesmo por Ti Tomás e por Ti Teresa, não é à toa que vos chamo os meus amores MAIORES!!!!!

Por isso talvez seja tão mais fácil amar o “Homem” ou a “Mulher” no geral do que um(a) em particular...:o)

sexta-feira, 25 de janeiro de 2008

A lembrar doidamente o que esquecemos!


A Vida

É vão o amor, o ódio, ou o desdém;
Inútil o desejo e o sentimento...
Lançar um grande amor aos pés de alguém
O mesmo é que lançar flores ao vento!

Todos somos no mundo um «Pedro Sem»,
Uma alegria é feita dum tormento,
Um sorriso é sempre o eco dum lamento,
Sabe-se lá um beijo de onde vem!

A mais nobre ilusão morre... desfaz-se...
Uma saudade morta em nós renasce
Que no mesmo momento é já perdida...

Amar-te a vida inteira eu não podia.
A gente esquece sempre o bem de um dia.
Que queres, meu Amor, se é isto a vida!...
Florbela Espanca


Sabemos o que não nos faz bem, o que nos magoou, magoa, mas nem sempre é fácil, ultrapassar...
À Vida... e ao esquecimento!

quinta-feira, 24 de janeiro de 2008

Hoje...

Não é boa a maré que se sente por aqui, por aí, por lá... numa altura em que os silêncios imperam por quase todos os caminhos, em que as dúvidas se instalam, em que a maioria das perguntas que fazemos não têm resposta(s) interiores ou exteriores... penso nos sorrisos, sim nos sorrisos, que dei, que recebi, que continuo a receber dos meus amores maiores, da mamã, da mana linda e do pai também (mas menos... muito menos, até porque há coisas que lhe passam... assim ao lado, acho eu)!
São esses sorrisos, acompanhados por olhares luminosos, que me fazem seguir em frente, que me fazem pensar com mais optimismo (o que tem sido difícil nos últimos dias, reconheço), espera-se que seja normalmente forte, poderosa, animada, bem disposta, sempre com a força do seguir em frente, do recomeçar... mas sou apenas pessoa, apenas isso, com todas as minhas limitações, medos, por vezes pavores mesmo, inseguranças, lamentos também, e que precisa de uma mão amiga exterior ao corpo que me abrace, preciso de um colo que me aconchegue porque o meu está (felizmente) ocupado a aconchegar quem merece, quero um ombro onde possa chorar, somente chorar, porque as lágrimas... essas limpo eu, vou limpando, prefiro assim - pelo menos sempre que me lembrar de quem me as limpou pela ultima vez -, se não fosse tão profundamente dramática essa lembrança... chegaria a ser hilariante!
Esperando por amanhã... que é outro dia, limpo os olhos, refaço-me da visão turva olhando pela janela – está sol, o que é menos mau, vou beber um café, comer um “bion-bion”e fumar um cigarro para mais uma tarde simplesmente entediante...

terça-feira, 22 de janeiro de 2008

Perco-me...

Perco-me...
por esse mar,
por essa luz
que é o teu corpo!
Perco-me...
por esse gosto,
por esse cheiro,
pelo teu beijo!
Perco-me...
por não ouvir,
não ver,
não sentir
o teu olhar a luzir!
Perco-me...
na brisa,
na chuva e sol
do som da tua voz!
Perco-me...
no envolver,
no tocar,
no teu abarçar!
Perco-me...
por mim e por ti,
no que te faço sentir,
no que te sei excitar,
na nossa forma de gostar!






segunda-feira, 21 de janeiro de 2008

Depois de...

Finalizado o momento…
pensa-se que é...
melhor assim!
Que o Ser que se afastou,
melhorou, apaziguou
nos silêncios, nas dores...
e espera-se...
mais brilho... na vida,
mais cores... na escrita,
mais sentires...
nos amores!
Mas... sente-se que
é ténue... na partilha,
é vazio... no momento,
é fugaz... na saudade,
e triste... na partida!

Há coisas que não mudam... é simples!

quarta-feira, 16 de janeiro de 2008

Sentimentos...

SUPREMO ENLEIO
"Quanta mulher no teu passado, quanta!
Tanta sombra em redor! Mas que me importa?
Se delas veio o sonho que conforta,
A sua vida foi três vezes santa!

Erva do chão que a mão de Deus levanta,
Folhas murchas de rojo à tua porta...
Quando eu for uma pobre coisa morta,
Quanta mulher ainda! Quanta! Quanta!

Mas eu sou a manhã: apago estrelas!
Hás-de ver-me, beijar-me em todas elas,
Mesmo na boca da que for mais linda!

E quando a derradeira, enfim, vier,
Nesse corpo vibrante de mulher
Será o meu que hás-de encontrar ainda..."

Florbela Espanca
in «Charneca em Flor», 1930
Imagem: Jonh Waterhouse, The Sorceress, Study

Pudera eu escrever como a Flor(bela) cuja beleza está nas suas palavras intemporais... Sofreu a pobre, de feliz teve brevíssimos momentos, viveu pouco e pouco também foi compreendida e aceite... muito foi o legado que deixou!

segunda-feira, 14 de janeiro de 2008

Mau feitio...


"Aqui durante a noite ouve-se o mar
e as palavras deixam-se despir
como o pessegueiro mal Abril começa
tenho uma brusca forma de florir"


Eugénio de Andrade

Tenho mau feitio… pois tenho, e também já não me calo... ah pois não!
Sou cruel na maneira como atinjo o(s) outro(s)... também é verdade, não sendo assim parvinha, sei como e onde posso magoar – claro está que é consciente esta minha forma de agir, em consequência ou não do que me magoam e apenas para uns tantos “felizardo(a)s” faço por assim não ser!
Os restantes??? Bem esses... temos pena... mas já não poupo ninguém que eu ache que mereça essa minha “crueldade”!
Nem sempre fui assim, aliás só era assim para os que mais chegados me estão, mas como a aprendizagem é continua, e agora que já são 38 anos (só agora) - aprendi que era uma injustiça.
No fundo sou pessoa que é querida, um doce, bem disposta, simpática, sentido de humor apuradíssimo, inteligente, meiga, perspicaz, sensual e também modesta – mas, eh pá, não me tirem do sério - não o tirar do sério género malandro... que esse é bom, aliás muito bom, apesar de existirem poucos que o conseguem... mas isso é outra questão. Em suma não me chateiem, que eu não procuro chatices.
Gosto de tudo muito claro, muito justo, muito sincero... nada cá de subterfúgios, meias palavras para dizer meias verdades. Ou é ou não é... ou é quente ou é frio, porque cá para a menina não há lugar para o assim-assim nem para o morno, mas quem me conhece já sabe com o que conta, que eu não sou gaja de esconder, e joguinhos só mesmo os de sedução (a última vez que disse isto foi numa situação muito menos risonha que esta)!



Àndar... assim com o mau feitio!

sexta-feira, 11 de janeiro de 2008

Simples...

...é o fogo que arde e é contente
como o do poeta...
umas vezes doi, outras só se sente,
num desatino muitas vezes pateta!
Simples...
esse sentimento em mim,
partilhado num momento
e apenas para ti!


E se é verdade que
com os medos se aprende
aprender é então o
faço aqui!
Nada espero ao certo,
não me iludo para não cair,
à cautela quero mais...
e penso: - não vou desistir!
Simples...
chegando a ser cruel,
o que dou, o que dei
recebo, recebi, guardei
e a facilidade com que me apaixonei.


É apenas assim... Simples!

quarta-feira, 9 de janeiro de 2008

A luz....

...no miradouro onde a paisagem é única,
Reconheço-te no cheiro.
A saudade de meses num abraço que é forte,
Sinto-te tremer, eu tremo!
O meu cabelo entrelaça-se nos teus dedos
Como antes sentes-lhe o odor...

A frescura da água da fonte
Contrasta com o momento... que é de calor.
A sedução reina!
Olhas-me com a mesma cor
É azul intenso... é o nosso!
Mimo-te com um sorriso,
Retribuis!
Silencio-te com um beijo
E não me deixas partir...

Recomecemos essa dança!
Há coisas que não se esquecem ;o)

quinta-feira, 3 de janeiro de 2008

Ano Novo...

...Vida Nova - dizquesim - eheheh, para mim talvez - não uma vida nova na sua totalidade, porque há muitas coisas boas nesta minha vida e que quero e vou continuar a ter, mas há também perspectivas diferentes, inovadoras digamos assim que vou seguir porque quero... é simples!
Do ano que agora termina tenho recordações fantásticas - outras nem por isso (os últimos 2 meses não foram serenos, e, apesar de momentos intensamente vividos, uns foram muito bons...outros muito maus). Em 2007 vivi sensações absolutamente únicas, umas quase ilusórias de tão boas que foram, outras porque mesmo que pudessem repetir-se os intervenientes não poderiam ser os mesmos... cá ficam na memória para serem (ou não) lembradas!
Para 2008 quero mais (se é pedir muito? Talvez seja... mas quero mais e ponto) mas exijo de mim esse mais, apenas de mim!
Para os meus amores maiores desejo apenas que sejam assim... tal como são: fantásticos, saudáveis, alegres, felizes, inteligentes, bonitos, birrentos (faz parte:o)) resumindo numa palavra - ÚNICOS!
À Mãe, Pai e Mana só posso desejar o melhor - claro está - e 2008 vai ter esse melhor que falo... ah pois vai! Eu acredito nisso!

Sentindo assim o Ano Novo...